quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Plenitude

Quando gelo com olhar incendeias,
Quando toque permite consolo,
Quando sangue fervilha nas veias,
Quando flor irrompe do solo,
Quando rios fluem nos vales,
Quando vulcão rasga a montanha,
Quando alegria supera os males,
Quando dias sucedem sem resenha,
Quando mar galga as dunas,
Quando mundo gira na palma,
Quando despojo vale fortunas
Quando júbilo transborda na alma,
Quando vento expurga o pó,
Quando teu voo trespassa as teias,
Quando sol não vive só,
Quando chuva brilha em candeias,
Quando ébrio sem vinho tocar,
Quando instinto supera a razão,
Quando desassossego foge no ar,
Quando tristeza fenece à paixão.

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