Musa da lira,
Da harpa encantadora,
Indelével solta música,
Aclamada sedutora.
Tímidos raios se soltam,
Em teus olhos de um doce céu,
Por eles alcançamos a luz,
Sem eles o mundo é breu.
Advogas clareza, serenidade,
Reconcilias quem te rodeia,
Trilhas dogmas a pulso,
Minha doce plebeia.
De afortunada tendes o nada,
Irrealista no dédalo real,
Pecas serenamente sem dolo,
Com torneies e dança fatal.
Os que te vêem não esquecem,
Passado não torna lenda,
Quem te tem não evoca,
O porvir é nossa senda.
Em teu mar exultas a paixão,
Sem trono, tu és rainha,
Todos aclamam teu cepto,
Olvidam que és minha.