segunda-feira, 24 de maio de 2010
Retrocesso
Sinto que me deste o que não tinha,
Sem me teres dado coisa alguma,
Vivo crédulo em tua grandeza,
Distinta elegância e subtileza de pluma.
Viciosa, de tão complacente sonegas,
A fragilidade que te alicerça.
Teu franzino corpo ostenta
Imaculado brilho que o sol dispersa.
Mas, apartado de mente, incauto,
Teu tempo passou por mim,
Em leves fonemas se fez melodia,
Tua presença me assola no fim.
Procuro-te em sonhos frustres,
No preâmbulo, corrente, ao despertar,
Como se padece por alguém,
Que tão tarde ousou conquistar.
E os momentos que não tive,
Sorrisos jubilantes que não partilhei,
São lágrimas funestas inundando os dias,
Por amar quem nunca amei.
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Gosto. Muito.
ResponderEliminarSeca as lágrimas...e ama.
ResponderEliminarNão ames recordações, momentos ausentes, tempo perdido e passado. Porque sufocam.Viciam.Matam o ser, lentamente...
ResponderEliminarAs lágrimas purificam e libertam.
Ama, quando estiveres livre para amar o aqui e o agora.